A evaporação dos números em 43 anos, de Mary Therese Friel a Elle Smith
Da redação TV em Análise
Entre 1979 e 2019, a média domiciliar das transmissões de TV aberta do concurso de Miss USA caiu 92,54%. Nas transmissões de TV fechada, a média entre os telespectadores na faixa de 18 a 49 anos caiu 98% de 2015 a 2021. Entre 1988 e 2021, o número de telespectadores caiu 99,47%. As constatações são de uma apuração do TV em Análise Críticas a partir de dados da Nielsen Media Research referentes às audiências da 38ª à 70ª edições da etapa americana do Miss Universo. Os dados vão de 1979, quando o concurso foi mostrado pela CBS, a 2021, quando foi mostrado pelo canal pago FYI (Os números desse ano e de 2020 não incluem os das transmissões de streaming, feitos pelo Hulu).
Desde que começou a ser usado, em 1984, o share das transmissões do Miss USA caiu 87,87% até a última transmissão em TV aberta, em 2019. De acordo com a série histórica, o maior número de telespectadores foi verificado na 40ª edição do concurso, realizada em 1991, na qual foi eleita Kelli McCarty, do Kansas. O menor, no ano passado com a eleição de Elle Smith, do Kentucky. Nas transmissões de TV paga, a de 2015, que resultou na eleição de Olivia Jordan, de Oklahoma, teve o maior número de telespectadores.
Na NBC, a maior audiência foi verificada em seu primeiro ano de concurso, em 2003. Após 2004, nenhuma edição do Miss USA teve mais de 10 milhões de telespectadores. Ensaiou uma recuperação de público em 2011. Após a conturbada venda da Miss Universe Organization, o concurso teve altos e baixos na FOX, entre 2016 e 2019. A pandemia iniciada em 2020 mexeu com os planos do Miss USA. Para piorar ainda mais, a coordenação que assumiu manteve a transmissão de TV paga na FYI, afastando telespectadores nos dois últimos anos. A opção pela exibição do Miss USA em plataformas mais fragmentadas é um erro da gestão de Crystle Stewart, 40, inepta em negociar com as grandes redes. Da eleição de Asya Branch para a de Elle Smith, houve uma queda de 1,63% no número de telespectadores. Na comparação com a última transmissão de TV aberta, a queda foi de 95,93%. Abaixo, os dados de audiência do concurso, ano após ano
Data | Espec (em milhões) | Rede | Média | Share |
---|---|---|---|---|
30/4/1979 | n/d | CBS | 25,5 | n/d |
15/5/1980 | n/d | CBS | 23,7 | n/d |
21/5/1981 | n/d | CBS | 22,8 | n/d |
13/5/1982 | n/d | CBS | 22,5 | n/d |
12/5/1983 | n/d | CBS | 24,4 | n/d |
17/5/1984 | n/d | CBS | 20,4 | 33 |
13/5/1985 | n/d | CBS | 18,8 | n/d |
20/5/1986 | n/d | CBS | 17,0 | 30 |
17/2/1987 | n/d | CBS | 22,7 | 34 |
1º/3/1988 | 22,8 | CBS | 16,2 | 26 |
28/2/1989 | 20,5 | CBS | 14,3 | 22 |
2/3/1990 | 24,2 | CBS | 15,9 | 28 |
22/2/1991 | 25,2 | CBS | 16,4 | 28 |
7/2/1992 | 19,6 | CBS | 13,0 | 22 |
19/2/1993 | 19,4 | CBS | 12,5 | 21 |
11/2/1994 | 20,4 | CBS | 14,3 | 23 |
10/2/1995 | 16,8 | CBS | 11,4 | 19 |
2/2/1996 | 15,8 | CBS | 10,4 | 17 |
5/2/1997 | 14,08 | CBS | 10,3 | 17 |
10/3/1998 | 14,32 | CBS | 10,3 | 17 |
4/2/1999 | 9,00 | CBS | 9,1 | 16 |
4/2/2000 | 11,96 | CBS | 7,8 | 14 |
2/3/2001 | 7,82 | CBS | 5,5 | 10 |
1º/3/2002 | 7,60 | CBS | 5,2 | 9 |
24/3/2003 | 15,6 | NBC | 6,2 | n/d |
12/4/2004 | 13,09 | NBC | 8,2 | 13 |
11/4/2005 | 8,07 | NBC | 5,5 | 8 |
21/4/2006 | 7,75 | NBC | 5,1 | 9 |
23/3/2007 | 7,39 | NBC | 5,0 | 9 |
11/4/2008 | 5,66 | NBC | 3,8 | 7 |
19/4/2009 | 4,99 | NBC | 3,2 | 5 |
16/5/2010 | 5,27 | NBC | 1,6 | 5 |
19/6/2011 | 7,24 | NBC | 4,2 | 7 |
3/6/2012 | 6,15 | NBC | 4,0 | 6 |
16/6/2013 | 4,55 | NBC | 2,9 | 5 |
8/6/2014 | 5,55 | NBC | 3,4 | 6 |
12/7/2015 | 0,95 | Reelz | 0,2 | n/d |
5/6/2016 | 4,28 | FOX | 2,6 | 5 |
14/5/2017 | 2,98 | FOX | 1,8 | 3 |
21/5/2018 | 2,37 | FOX | 1,5 | 3 |
2/5/2019 | 2,95 | FOX | 1,9 | 4 |
9/11/2020 | 0,122 | FYI | 0,04 | n/d |
29/11/2021 | 0,120 | FYI | 0,04 | n/d |
Fontes: Nielsen Media Research (via Ratings Ryan) e banco de dados do Críticas
NOTA: Em 2015, 2020 e 2021, foram usadas as médias 18-49 nas transmissões de TV paga do concurso. Nos demais anos, a média domiciliar